domingo, 7 de dezembro de 2008

Crime monstruoso


Criança, cega, surda, muda e deficiente física é estuprada. Padrasto é o principal suspeito do crime.
Orlando nega crime e afirma que foram as tias que estupraram a criança para prejudicá-lo.
Uma criança do sexo feminino de dez anos de idade, que é cega, surda, muda e deficiente física, foi barbaramente estuprada na noite de terça-feira, 19, dentro da residência onde mora com a mãe, um irmão de quatro anos e o padrasto na Vila do "V", Projeto Humaitá, município de Porto Acre. Segundo a polícia o principal suspeito de ter cometido o crime é padrasto da criança o trabalhador braçal, Orlando Sabóia de Lima, 29, que foi preso na noite de quinta-feira, 21. A criança vítima de estupro está internada na Maternidade em Rio Branco. Na manhã de quarta-feira, 20, policiais do Posto de policiamento da Vila do "V" receberam a denúncia do estupro cometido contra a criança. Imediatamente o chefe de equipe Policial Civil, Benício Araújo, foi ao local do crime, onde encontrou a criança sangrando muito. Sem perder tempo o policial enviou a criança ao Instituto Médico Legal, para ser submetida a exame de conjunção carnal. O médico legisla ao examinar a criança determinou a internação imediata da menina em uma Maternidade da cidade, dada gravidade das lesões causadas pelo estupro. Segundo informações de familiares da criança, na unidade de saúde para onde foi transferida, os médicos submeteram a criança a uma cirurgia na tentativa de restituir o órgão sexual que teria sido muito lesionado no ato monstruoso cometido contra a mesma. Padrasto é preso sob suspeita de ter cometido o crime. Segundo a policia apurou a mãe da criança está em Rio Branco, para onde veio dá a luz ao segundo filho do casal e deixou a filha mais velha que é deficiente física, surda, muda e cega e um filho de quatro anos sob os cuidados das tias (irmãs da mãe das crianças). O trabalhador braçal Orlando Sabóia, estava em uma propriedade rural, localizada no Projeto Tocantins. No final da tarde de terça-feira, 19, ele retornou para casa e encontrou a enteada e o filho na companhia de duas cunhadas. Ele teria mandado as cunhadas irem para casa, alegando que cuidaria das crianças, já que estava em casa não havia necessidade das tias permanecerem. Ocorre que Orlando Sabóia já chegou embriagado e continuou consumindo bebida alcoólica. Um vizinho de Orlando contou a polícia que já era tarde da noite quando Orlando aumentou o volume do som, mesmo assim o vizinho ouviu os sons emitidos pela criança que é surda (uma espécie de choro). Como está impossibilitado de andar (sofreu um acidente), não teve condições de ir à casa de Orlando saber o que estava acontecendo. Quando na manhã seguinte as tias retornaram encontraram a criança chorando muito e com vários hematomas nas pernas e braços. Indagado do que havia acontecido com a menina Orlando que ainda se encontrava em visível estado de embriagues deu uma resposta mal criada para as tias e saiu de casa. Uma tia da menina percebeu que a criança estava sangrando e com hematomas também no órgão sexual. Enquanto uma tia foi chamar a polícia Orlando aproveitou para fugir. Desde então as policias civis e militares daquela região iniciaram uma caçada implacável contra Orlando que culminou com a prisão do mesmo, na noite de quinta-feira, feita pela polícia civil. Orlando nega crime e afirma que foram as tias que estupraram a criança para prejudicá-lo. Após ser preso Orlando Sabóia que continuava embriagado negou o crime e acusou as tias da criança de ter cometido o estupro para incriminá-lo, alegando que as tias da vítima não gostam dele e teriam feito isso para vê-lo preso. Assim que a população da Vila do "V" tomou conhecimento da prisão de Orlando, dezenas de moradores ficaram na frente do Posto policial ameaçando lincha-lo. Na manhã desta sexta-feira, 22, o padrasto suspeito será transferido para a Delegacia Especializada de Crimes contra a mulher, onde o caso será entregue a delegada plantonista. A polícia civil da Vila do "V" já pediu reforço de policias militares da Vila do Incra, a fim de impedir qualquer reação da população.
Por: Khaled Cavalcante
Fotos: Gleyciano Rodrigues